06/09/2008

Registro do evento



Veja, abaixo, os depoimentos dos participantes do Ato Público pela Mudança no FIA / RJ, que foi realizado na sede da OAB Rio, no último dia 2 de setembro. Logo em seguida, você pode ler os três capítulos com um resumo da história da FIA na cidade Rio de Janeiro.





Wadih Damous (Presidente da OAB/RJ):


“Não podemos deixar que por politicagem barata, por uma visão distorcida do Ministério Público nossas crianças fiquem nesta situação”






Raí de Oliveira (Fundação Gol de Letra):


Em São Paulo, a arrecadação do Fundo cresceu de 4 milhões de reais em 2004 para 40 milhões em 2007, enquanto no Rio caiu de cerca de 1,7 milhão para 332 mil reais. Até Petrópolis conseguiu arrecadar mais do que o Rio, chegando à marca dos 780 mil reais.


“Em 2006 , em projetos financiados através do Fundo, a Gol de Letra em São Paulo atendeu 240 crianças e 21 jovens. Este ano o Fundo foi responsável por projetos que atendem 840 crianças e 33 jovens.”


“Uma empresa francesa que desconhecia o Fundo, ao tomar conhecimento dele passou a investir não só na Fundação Gol de Letra, mas em outras três organizações, o que mostra o potencial do FIA”.



José Ricardo Caporal (Conselheiro do CONANDA / Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente):


“O Fundo tem de estar no Plano Plurianual, tem de estar no Orçamento Público”




Luiz Chor (Presidente do Conselho de Responsabilidade Social da FIRJAN):


“Por um passado não muito glorioso na questão da transparência dos investimentos em projetos sociais, as assessorias financeiras das empresas começaram a aconselhar seus diretores a não mais investir no social.”


“O Tribunal de Contas cai na nossa pele se não houver muita transparência na aplicação dos recursos”.


“Nós queremos que, pelo menos, 70% da nossa doação possa ser investida em um projeto social de nossa escolha”.



Rudolph Hohn (Vice-presidente de Responsabilidade Social da Associação Comercial do RJ)


“Eu estou aqui usando dois chapéus: o de empresário e o de dirigente da Ação Comunitária (organização não-governamental). Espero, sinceramente, que se possa mudar o vetor desta contramão em que o Rio está”.




Luiz Antônio Godoy (Diretor-executivo da FUNPERJ / Federação das Fundações Privadas, das Associações e das demais Organizações da Sociedade Civil do Estado do RJ):


“O FIA é o único incentivo fiscal para a área social. Não estou falando da cultura nem do esporte, mas da questão social.”


“Alguns representantes do Ministério Público do Rio estão tendo uma petulância e um ‘mau humor’ jurídico em relação à questão da FIA no Rio. E o pior é que nem o Procurador-Geral do MP pode demover estes promotores de suas decisões.”


“A proposta da Funperj é, junto com a OAB do Rio, apresentar uma Ação Declaratória pedindo uma liminar para obter uma antecipação de tutela que protegeria a quem quisesse doar sem ter a coação autoritária de alguns representantes do Ministério Público.”




Vânia Farias (Presidente do CMDCA / Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente):


“O Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente nunca viu um centavo do Tesouro Público. Na verdade, nós somos reféns do sucateamento do Conselho. Só para dar uma idéia da situação, nós hoje temos apenas 3 funcionários para uma cidade de 6 milhões de habitantes.”


“Curioso o Ministério Público nos ameaçar dizendo que podemos ser processados por improbidade administrativa quando há projeto nosso que há 10 anos espera os recursos do Poder Público. Por que o Ministério Público não os questiona para saber para onde foram os recursos que deveriam ter vindo para o Conselho?”



Paulo Haus (Presidente da CAJONG /Comissão de Assuntos de ONGs da OAB-RJ):


“Existem algumas falácias nesta história. Uma delas é dizer que as empresas não podem dizer para onde vão os recursos. Ora...mas isso já acontece, por exemplo, com a Lei Rouanet.”



Tomaz de Aquino Rezende (Ministério Público / Belo Horizonte. Depoimento exibido em vídeo):


“É importante este tipo de doação casada pois cria um vínculo entre o doador e o beneficiário.”


“Para atrapalhar já tem muita gente. Por isso, se a gente não fizer nada contra, talvez já estejamos ajudando muito”



José Pinto Monteiro (Vice-presidente do Conselho de Responsabilidade Social da FIRJAN):


“A sociedade não precisa de heróis, precisa de institucionalidade.”




Os candidatos à Prefeitura do RJ Chico Alencar (esq) e
Alessandro Molon na platéia









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