25/04/2008

Eventos no Rio (2a parte)

Grandes empresas como a Coca-Cola e McDonald’s e seus institutos sempre têm o que dizer quando o assunto é Responsabilidade Social ou Ambiental. Ainda que alguns de seus projetos e programas nestas áreas já sejam bem conhecidos por quem acompanha os eventos sobre o tema, vale a pena ouvir as novidades.

No II Fórum de Marketing e Responsabilidade Social, promovido pela Associação Brasileira de Anunciantes/RJ, a ABA Rio (veja a primeira parte do registro deste evento no post anterior), ficamos sabendo, através do gerente de comunicação da Coca-Cola, Maurício Bacellar, do programa “Água das Florestas Tropicais Brasileiras”, iniciado em 2007, e que conta com a parceria da Ong SOS Mata Atlântica para identificar áreas que precisam de reflorestamento. Com investimentos da ordem de 27 milhões de reais, o Instituto Coca-Cola pretende, em cinco anos, plantar até 3 milhões de árvores para proteger as matas ciliares.

A redução, a reciclagem e a reposição da água é uma das maiores preocupações da Coca-Cola. Por isso, a eliminação dos focos de desperdício, a busca por fontes alternativas e a ajuda para reabastecimento de aqüíferos têm sido uma constante no planejamento socioambiental de seu Instituto.

O uso do biodiesel em 15 fábricas e cerca de 1.000 veículos da frota da empresa é uma opção que visa contribuir com a redução de CO2 na atmosfera. E embalagens, uniformes e objetos de escritório já são feitos com materiais recicláveis como fibras pet e tetrapack.

Para completar a série de ações ambientais, um convênio recém-firmado com um dos grandes clientes varejistas da Coca-cola, o Wal-mart, vai garantir a ampliação de postos de coleta seletiva.
Na platéia, alguém questiona se não é mais interessante voltar a produzir mais embalagens de vidro, uma vez que elas têm um ciclo maior de reciclagem. Maurício explica que as garrafas de vidro têm de ser lavadas várias vezes, o que consome muita água e, portanto, acaba dando no mesmo. Além disso, o sistema bottle to bottle, aprovado em 2007 pela Anvisa, e que permite produzir novas garrafas Pet a partir de outras já recicladas, também torna a opção pela Pet a mais viável.


Instituto Ronald McDonald

Em seguida à apresentação do Instituto Coca-Cola, Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald, mostrou a evolução dos 20 anos das ações que representam a missão do Instituto: o combate e o diagnóstico do câncer infanto-juvenil.

A primeira ação aconteceu em 1988, com o Mc Dia Feliz, que tinha como objetivo – e tem até hoje - arrecadar recursos para a causa. O Instituto foi criado onze anos depois, em 1999, e de lá pra cá a instituição tornou-se referência na área de câncer infantil.

Ano passado, os destaques foram a ampliação do programa Casas Ronald McDonald e o lançamento do edital para o Programa de Diagnóstico Precoce.

Os cerca de 15 milhões de reais destinados aos projetos provêm de várias fontes além do Mc Dia Feliz: licenciamento de marcas, contribuição de empresas, programa de coleta de óleo, patrocinadores de eventos específicos e os recursos do “cofrinho, que têm uma arrecadação bastante significativa, chegando à 2 milhões em 2007 (os cofrinhos ficam disponíveis nas lojas do McDonald’s , onde o cliente pode depositar as moedas dadas como troco).

A pergunta que sempre aparece quando das palestras do Instituto refere-se à existência ou não de conflito entre a instituição e sua mantenedora (o McDonald’s), alvo constante de críticas em relação ao tipo de alimentação não-saudável que comercializa.

Francisco faz questão de dizer que sua resposta é apenas uma opinião pessoal. Segundo ele, a obesidade dos americanos, atribuída, em parte, aos fast food como o da cadeia McDonald’s, acontece pelo fato deles se alimentarem em excesso deste tipo de refeição e por serem adeptos do sedentarismo. “No meu tempo – diz ele – a gente comia alimentos cozidos na banha de porco e nem por isso ficávamos obesos. Mas por quê? Porque jogávamos bola, brincávamos de pique. Hoje as crianças passam o tempo todo na frente do computador”.

Outra pergunta apontou a questão dos emails que circularam na internet falando do desvio do dinheiro arrecadado pelo Mc Dia Feliz. Francisco respondeu que neste caso o Instituto fez uma contra-corrente, enviando uma outra mensagem com a prestação de contas de suas ações.a todos que comunicaram o Instituto do recebimento da mensagem/denúncia.


O Boticário


As Bonequinhas Solidárias foram a porta de entrada do Boticário no sistema de Comércio Justo, uma modalidade de comercialização que se caracteriza por inserir no mercado cooperativas – e outras formas - de produção artesanal, através do pagamento de um valor justo por estas mercadorias.

Em uma pesquisa feita junto aos franqueados, O Boticário constatou que 51% dos vendedores disseram que alguns consumidores entravam nas lojas só para comprar as Bonequinhas, 59% apontaram que os consumidores que compraram as Bonequinhas acabaram comprando outros produtos e 98% acreditam que as Bonequinhas trazem um benefício para a imagem da marca O Boticário.

Em 2007, quando teve início este projeto, a renda gerada para as 250 artesãs que participam desta iniciativa foi de 49 mil reais.

“No início - disse Márcia Vaz, gerente de Responsabilidade Social de O Boticário, as artesãs não sabiam exatamente quanto tempo levavam para produzir as Bonequinhas e nem quanto material gastavam. Hoje elas têm fluxo de caixa, graças às orientações do pessoal de supply chain da empresa e da capacitação feita pelo Sebrae.”

Márcia comentou que há empresas que tentam adquirir produtos através do Comércio Justo, mas desistem pelo fato dos artesãos, muitas vezes, não terem como entregar a mercadoria em grande quantidade e/ou não disporem de capital para iniciar a produção. “As empresas têm de ser flexíveis – diz Márcia. O Boticário, por exemplo, adiantou o capital para as artesãs começarem a fazer as Bonequinhas, mas com a promessa de que elas criassem um fundo para capital de giro.”

Fechando o evento, o Sest Senat (Serviço Social do Transporte / Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) apresentou suas ações...bem parecidas com o que já é feito pelos departamentos de recursos humanos de várias empresas.

Como dissemos no post anterior sobre este evento, a apresentação que mais chamou a atenção de todos foi a apresentação da Lira Alves Advogados Associados. O registro desta apresentação será feito na próxima semana, inaugurando a série “QUEM INFLUENCIA QUEM” (OU “A CORRENTE DO BEM”), que vai mostrar como ações sócio ou ambientalmente responsáveis de uma empresa influenciam outras a fazer o mesmo.

Até semana que vem!

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Um comentário:

Anônimo disse...

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