25/04/2008

A mídia influenciando comportamentos do bem

“A transformação através de mídias e estratégias de comunicação” foi o tema do 21o Encontro da ABERJE (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), realizado no último dia 15 de abril na Firjan.

A palestrante do encontro foi Judy Rodgers, diretora da Imagens e Vozes de Esperança, organização não-governamental cuja missão é ampliar o diálogo com os veículos de comunicação para fortalecê-los na divulgação e inspiração de novos comportamentos e idéias para uma sociedade mais justa.

O crescimento da Responsabilidade Social no mundo é, segundo Judy, um fato indiscutível. “Há dez anos, ou mesmo cinco anos, era muito difícil falar deste assunto com os empresários”, disse ela.

Hoje, um gigante como a Wal-mart adquire produtos orgânicos da Turquia, mudando significativamente para melhor a economia daquele país, o que mostra, segundo Judy, como as empresas já estão mesmo levando a sério o tema da Responsabilidade Social.

Algumas delas chegam a ir fundo na busca de novos modelos de desenvolvimento. A MacEricsson, por exemplo, encaminhou 100 de seus funcionários para conviver com pessoas pobres, de forma a entender o que eles querem e precisam, e assim poder desenvolver novos produtos inseri-los no mercado consumidor.

Judy Rodgers disse que o Brasil tem se tornado um país de destaque no que tange à questão social. Para exemplificar, ela lembra que no mesmo ano em que tomou posse como diretora do Imagens e Vozes de Esperança, em 2003, o ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Anan, reuniu vários líderes empresariais e sociais do mundo todo e apenas um país dispunha de mais de uma mesa no evento: o Brasil. E só havia um palestrante além do próprio Anan: o Presidente Lula.

Antes de encerrar o encontro, Judy pediu à platéia para responder três perguntas sobre carreira, talentos e missão de vida. Após receber as respostas, Judy falou um pouco da diferença entre carreira (na qual usamos nossos talentos e estamos nos desenvolvendo) e emprego (que paga nossas contas). Ela conclui, alertando para o fato de que em nossa cultura somos recompensados por sermos ocupados. “Por isso – disse ela – daqui a algum tempo eu gostaria de saber de vocês o seguinte: que tipo de legado, afinal, vocês vão deixar?”.

Boa questão.

(A abertura deste evento ficou a cargo de Nádia Rebouças, diretora da Rebouças e Associados, empresa conhecida por desenvolver processos inovadores de comunicação estratégica. Nádia, gentilmente, nos concedeu uma entrevista, que pode ser lida aqui)

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